Não é mais um típico conto de Natal.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Era a noite mais iluminada do ano. A lua estava cheia e as estrelas tinham um brilho, nunca antes visto. O clima estava perfeito e altamente acolhedor. Era véspera do dia 25 de dezembro e estávamos todos reunidos na casa da Israele, para festejar tão linda data. De alguma forma, eu sabia que aquele Natal seria diferente. Os meses anteriores haviam sido intensos. Nós aprendemos mais sobre a vida e principalmente, em como construir laços de amizade. Não um tipo de amizade qualquer.  Mas sim, aquela que de tão boa, faz um bem enorme para os que a conservam.

O ano estava quase no fim. E nós saberíamos que a partir de janeiro, tudo seria diferente. Cada um seguiria um rumo e dificilmente iríamos nos reunir de novo. Assim, todos juntos, jogando conversa fora e rindo como se não houvesse amanhã.

Semanas antes, eu havia sugerido que fizéssemos tal comemoração. Deveria ser a mais inesquecível de todas. Afinal, talvez fosse a última de nosso grupo. Eles logo aceitaram a ideia. A lista de convidados não seria grande, pois afinal, não se tratava de uma festa e sim, uma reunião singela entre amigos. Eu, Israele, Brayan, Daniel, Olavo e Thiago. Esses eram os principais.

O dia havia chegado e deveria ser conhecido, como o Natal da Saudade. Tudo na vida, uma hora ou outra, acaba passando, mas a única coisa que fica é o vazio que fica naquelas que vida encarrega de separar. Mesmo que a memória falhe, a saudade vai estar ali, sempre presente. As lembranças que carregamos conosco ao longo da existência, são o que marcam a nossa história. Sem elas, não somos mais do que corpos vagando pelo planeta, sem razão nem sentido.

A mesa estava posta e repleta de comidas deliciosas. Afinal, quem de nós iria desperdiçar uma ‘’boca livre’’? Não é do nosso feitio. Mas sem problemas. Pessoas espontâneas estão no topo da relação das mais encantadoras de todas. E com certeza, meus amigos são assim. De ações exageradas, tornam-se peças raras do que posso chamar de baú da eternidade.

Então, nós conversamos por horas. Sobre os mais diversos assuntos, sobre as pessoas e suas atitudes equivocadas. Falamos sobre o futuro, expectativas e nossos mais secretos sonhos. Parecia até que a noite não teria fim. Nunca faltava assunto. A facilidade com que surgia uma nova questão a ser debatida era incrível. Uma característica que causava inveja a qualquer outro grupo de amigos, que apesar de pouco tempo, conseguissem ser tão unidos.

A energia positiva que emanava de nossas almas pairava no ar. Não precisaríamos de presentes materiais, pois tínhamos uns aos outros. Resolvemos sair de dentro de casa e então ir olhar para o céu. As estrelas continuavam a brilhar de forma esplêndida. E está era a promessa, de que apesar de separados pelo destino, amigos sempre nós iríamos ser. E quem lembra que eu disse que sabia que aquele Natal seria diferente? Pelo visto, acertei. Ainda bem.





Observação:Os nomes usados são dos meus amigos da vida real. 
Pedi autorização aos mesmos.
Vou sentir tanta saudades de vocês. 
Obrigada por fazerem do meu 2011, algo melhor!

2 comentários:

  1. \o/ meu nome ta ai, conto de natal muito legal, "apesar de separados pelo destino, amigos sempre nós iríamos ser",
    certeza.

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