8 de março: Nós, à venda e para venda.

domingo, 16 de março de 2014


Olá, minhas leitoras e meus leitores! Então, só para avisar que este texto logo abaixo é o último da série de postagens especiais sobre 8 de março + Feminismo (expliquei como seria aqui). Ao todo foram 8 textos lindíssimos (contando com o meu texto e a minha humildade, desculpa rs), cheios de discursos que merecem ser ouvidos e que, no decorrer da semana que passou, ganharam seu devido espaço no blog DEScomplicando. Assim, só posso agradecer e agradecer mais ainda por todas as mulheres feministas que aceitaram meu convite para participar deste momento. Obrigada mesmo! Myka, Wanessa, Mariana, Graziela, Bianca, Thaís e Danny: Vocês não sabem a honra que foi, para mim, contar com a palavra de vocês por aqui. Vocês DEScomplicaram pra valer \o/
E para conferir TODOS os textos, basta clicar aqui. Beijos da Lene!
Foto: Reprodução.
Passado o oito de março tudo parece ter uma “volta ao normal”, faz-se parecer que todos os desejos de felicitações, flores, faixas e bombons foram o bastante para agradar às mulheres em “seu” dia. Foram?

Pode-se classificar como “normal” o que é aceito pelo senso comum, mas a verdade é que esse senso de normalidade é a doença do pensamento social. O 8 de março vem sendo aproveitado como algo puramente comercial, mais um dia de vender mulheres, seja na propaganda de perfume ou de chocolate, tomando como exemplo uma frase que ouvi num seminário recentemente “nós, mulheres, vendemos tudo”. Seja num anuncio de carro ou cerveja, mulheres com a beleza padronizada vendem de tudo.

 “Ah, mas falar que estão vendendo mulheres não é um exagero?” Não, não é; e eu poderia falar mais por que se vende não somente a mulher, mas vende-se um padrão que é comprado e banalmente utilizado em detrimento de milhões. Este padrão, entre outras generalidades, leva pessoas a não aceitarem a si mesmas. Este padrão leva a monstros gritando “gostosa!”, assobiando, entre outros tipos de desrespeito; e este mesmo senso monstruoso é capaz de assediar crianças e aliciá-las, é capaz de traficar seres humanos e explorá-los.

Então, digo não; faixas, flores e bombons não foram o bastante e o dia da mulher não é apenas o 8 de março, dia da mulher é dia de luta e dia de luta é todos os dias, nós não temos ou mal temos o que comemorar. Desde que o mundo é mundo, mulheres são abusadas e tratadas como seres inferiores; diariamente vendidas ou utilizadas para venda em detrimento de outras, vendidas por um padrão rotativo que muda periodicamente. Nas ruas vê-se pluralidade e a beleza usada para vender nem sempre obedece a uma estrutura diversificada. E se torna ainda mais plural em se falando das mulheres trans que sim, são mulheres como qualquer outra.

O machismo grita desrespeito e violência, chega a ser desumano, mas ainda há quem ache necessário. Então, declaro não somente o 8 de março, mas todos os dias como dia de luta. Dia de buscar direitos, não somente da mulher, mas igualdade entre todos. Por fim, se ainda permanecem dúvidas, existem feminismos diversos, mas a única ideia que reina a mim é de igualdade. Então, vamos dar as mãos e seguir a luta, pois esta é de todxs.


Por Danielly Lima de Oliveira, 19, universitária, da capital cearense, orgulhosa, exagerada e como definir uma pessoa que se arrisca pra algumas coisas, mas tem medo até de filmes de terror?
Danny tem um blog super legal chamado Mais Cafeína


Um comentário:

  1. Leneeee, fico felicíssima de estar participando por mais um ano! ♥♥♥
    Acho que eu que tenho que agradecer, até por que, quem me abriu os olhos para muitas coisas do feminismo foi você (e claro que você sabe disso por causa de um texto que escrevi há um tempo atrás rs). Então, obrigada! Beijããão!

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