Sobre ainda doer e escrever sobre você.

sábado, 26 de abril de 2014


Ainda não sei por que raios eu deixei me inundar por esse sentimento louco que sinto por ti. Ainda dói. Ainda me corrói. Ainda aperta meu coração contra o peito. 

O que sinto é confusão. É contraditório. E não, não sei nem se é amor ou apenas desejo, mas sei que é forte e continua aceso aqui dentro. Mas vejo que você está em outra. Parece estar. Parece ter seguido em frente tão bem, que chego a te invejar por isso. Eu sei, eu sei... O que tivemos (ainda me pergunto se realmente ''tivemos'' algo só nosso) nem chegou a ser tudo de mais lindo que poderia ser e eu não consegui superar meu fracasso.

 Não estou cicatrizada. Ainda é ferida latente. Ainda é saudade incoerente.

Para provar o quanto ainda é verdade para mim: Ó, escrevi mais uma vez sobre você, quando tinha prometido, para mim mesma, que não iria mais escrever. 


Infinidade de querer.

sábado, 19 de abril de 2014


Eu queria chorar o mundo. Eu queria gritar a dor. Eu queria beijar tua boca. Eu queria o teu amor. Eu queria abraçar tua alma. Eu queria emoldurar meu peito no teu. Eu tanto quis que nada fiz. Eu tanto implorei, que só sofri.

Eu queria ser tua, mas antes preciso ser mais minha. Eu queria brincar, dançar de roda, pular corda. Eu queria subir em árvore. Eu queria deixar mais tempo o esmalte. Eu queria não ser igual a eles. Eu queria não me perder na multidão. Eu queria não ser mais uma. Eu queria não me abandonar na escuridão. Eu queria não me sentir desconfortável no clarão. Eu queria enfrentar o bicho papão.

Eu queria não me importar tanto. Eu queria não me colocar tanto aqui. Eu queria não falar tanto só de mim. Eu queria não sentir o peso do mundo em mim. Eu queria descarregar. Eu queria desopilar. Eu queria um ombro amigo. Eu queria alguém pra me escutar. Eu queria alguém pra me abraçar. Eu queria alguém pra me ver desaguar e não julgar. Eu queria.

Eu queria ser livre. Eu queria nada temer. Eu queria não ser tão dramática. Eu queria que não jogassem na minha cara meu drama. Eu queria não me machucar. Eu queria que não me machucassem. Eu queria não querer ser tão perfeita. Eu queria me aceitar. Eu queria me (re)conhecer.

Eu queria, por mim, me encantar. Eu queria parar de sofrer. Eu queria não ter tanta preguiça de viver. Eu queria não apenas sobre-viver. Eu queria. Ah, eu queria.

Eu queria parar de querer tanto e começar, enfim, a fazer valer. 

Menino-poesia.

terça-feira, 8 de abril de 2014



Menino-poesia,
Não te vejo,
Não te toco,
Mas a verdade
É que você me inspira.
Ah,
Como me inspira.
Vem e me transpira.
Me respira.

Menino-poesia,
Teu olhar carrega
A doçura do querer-bem.
Teu olhar me nega,
Me renega,
Me espera na espreita
Que a noite vem.
Ah,
Se vem.

Menino-poesia,
Tu faz poema
E ri da noite
Só com a ponta da boca.
Tu esconde
Uma malícia louca
E corre para o açoite.

Menino-poesia,
Te faço rima
Pra ver se o querer passa.
Te faço rimar
E te quero
Ainda sem graça.

Menino-poesia,
É tarde,
Chove
E troveja lá fora
Aqui dentro,
Faz calor
E te fazer minha poesia,
Me revigora.

Menino-poesia,
Volta,
Fica,
Gruda em mim
Vamos fazer poesia
E nós unir
Num mesmo sim.



Sobre o bem-querer e o nada ter.

domingo, 6 de abril de 2014



Já nutri muitos amores, infinitas paixonites crônicas e inúmeros foram os sorrisos que me fizeram sorrir junto. Mas só sorri afastada. Não sorri colada nas bocas que clamavam pelos meus lábios alvoraçados. Sorri calada, na minha. Amedrontada ainda sou e isso corrói meu calor.

Sempre fui de amar de longe, escondida e sozinha. É verdade. Sou mais da solidão do que do amor romântico. Sou mais minha. Sou menos da entrega ao outro. Não me encaixo nos clichês de love story, mesmo que, por (muitas) vezes, continue sonhando em tê-los em minha pacata vida. Pacata ira.

Eu engulo minha amargura e morro por dentro. Eu me sufoco, aos pouquinhos e lentamente, quando não me permito amar e conhecer a beleza do bem-querer no outro. Porque meu bem-querer chega a querer só de longe, insinua, mas nada faz e nada tem. Passam as horas, os dias, a vida e me deparo com meu bem-querer encontrando o querer corajoso de outro alguém. Daí sofro mais, choro mais... Me transformo em pura dor. E aí o ciclo recomeça e meu bem-querer já embolou.

O menino-poesia e a menina-não-faz-sentido.

sábado, 5 de abril de 2014

Daqui.
Ô, rapaz... Acho que é assim que vou te chamar a partir de agora. Tudo bem para você, não é? Para mim está tudo ok, porque até sonhei com você. Sim, sou dessa gente que sonha e sonha até não aguentar mais. Sou pisciana, você sabe e conhece bem esse signo que deságua em sentimentos. Mas eu nem sei explicar direito porque passei a madrugada sonhando com você. A gente sequer se conhece ou se (re)conhece. E precisa?

O que posso dizer é que me encantei. Está bem, me confesso. Também sou dessa gente que se encanta fácil. Mas é que eu, simplesmente, me encantei por esse teu jeito de menino-poesia. Teu andar canta Chico Buarque noite e dia. Teu sorriso ecoa música boa, daquela que a gente ouve e vai seguindo e achando graça pro sol, pra lua, pra vida. Rapaz, você me jogou alguma feitiçaria? Tira! Tira!

Aaaaah... por que raios eu tinha de sonhar logo contigo? Se eu já tenho tendência para o fracasso no bem-querer, imagina se eu começo a gostar de você? Não dá. Não é possível.
O menino-poesia fez chover encanto na menina-não-faz-sentido.
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